Carreiras em Direito: 8 possibilidades que você precisa conhecer

De forma bastante simples e didática, podemos dizer que o Direito é o conjunto de regras e princípios que disciplina a convivência em sociedade. No entanto, ao contrário das regras e princípios que impomos a nós mesmos ou que internalizamos voluntariamente por motivos religiosos ou filosóficos, a Constituição, os tratados, as leis, os regulamentos e as decisões judiciais são de cumprimento obrigatório.

Esse é o grande diferencial das regras jurídicas: a coercibilidade. É justamente por isso que a justiça é representada pela imagem de Têmis, uma divindade grega que tem em uma das mãos uma balança e, na outra, uma espada.

Está pensando em dar continuidade aos estudos, mas ainda não encontrou uma carreira que seja a sua cara? No post de hoje, vamos falar um pouco sobre as carreiras em Direito. Assim, se você acha que tem vocação para trabalhar com a justiça, é bom ficar de olho!

Acompanhando os próximos tópicos, você vai descobrir que o profissional que trabalha na área jurídica tem um enorme leque de possibilidades de carreira, que vai muito além da advocacia. Pronto para aprender o que faz um juiz, um promotor, um delegado e muito mais? Então confira a seguir!

1. Analista jurídico

Quem se forma na Faculdade de Direito recebe o título de bacharel e não de advogado. Para exercer a advocacia, o profissional deve ser aprovado no exame promovido pela OAB. Mas isso não quer dizer que o profissional que acabou de se formar não possa trabalhar na área! Afinal, uma série de cargos é colocada à disposição dos bacharéis, como é o caso do técnico e analista jurídico em centenas de instituições públicas e privadas em todo o país.

2. Delegado de polícia

Outra carreira que está ao alcance do bacharel em Direito é a de delegado — tanto da Polícia Civil como da Polícia Federal. Assim como acontece em qualquer outro cargo público, a porta de entrada para essa carreira é o concurso.

A função do delegado é coordenar atividades policiais de investigação de crimes. Isso é feito por meio de um processo administrativo chamado de inquérito policial. Toda vez que acontece um crime, o delegado abre um inquérito para apurar os fatos. O objetivo é reunir os indícios de autoria e materialidade relativos ao ocorrido, enviando esse documento ao Ministério Público para que tome as providências cabíveis.

De uma forma mais ampla, podemos dizer que a carreira policial combina muito bem com quem tem uma formação na área jurídica, já que a função desse profissional é justamente e de fazer a lei valer na prática.

3. Membro do Ministério Público

A função dos membros do Ministério Público é proteger direitos que pertencem não a uma única pessoa, mas a toda a sociedade. É o que acontece, por exemplo, com a qualidade do ar e das águas, bem como com a probidade na administração pública. Só para lembrar: estamos falando aqui de promotores de justiça e procuradores da república, ok?

Talvez a mais importante função do Ministério Público seja a responsabilidade por ser o titular das ações penais públicas. Isso significa dizer que o crime é um ilícito que tem consequências tão graves que prejudicam toda a sociedade e não apenas uma vítima direta.

Cabe ao Ministério Público, portanto, receber os inquéritos instaurados pela Polícia Civil ou pela Polícia Federal, denunciando o acusado em um processo judicial para que o juiz aplique uma pena ao final de tudo.

4. Defensor público

Pense bem: seria justo se alguém fosse considerado culpado por um crime que não cometeu só porque não tem dinheiro para contratar um bom advogado? Seria justo um cidadão desempregado não receber as verbas trabalhistas que uma grande multinacional lhe deve só porque não tem como pagar um advogado? É claro que não!

É justamente para isso que existe a Defensoria Pública: para fornecer orientação jurídica e representação judicial àquelas pessoas que não podem pagar por um advogado sem comprometer o sustento da família. Trata-se de uma carreira belíssima, ideal para quem tem vocação para ajudar os outros — principalmente os menos favorecidos.

5. Advogado

A própria existência da advocacia é uma condição básica para o exercício da democracia. Não por outro motivo, a Constituição considera o advogado como uma parte essencial da justiça.

Toda e qualquer pessoa em uma democracia tem o direito de escolher alguém para representá-la judicialmente ou para defendê-la quando é acusada. Toda a ideia por trás dessa garantia seria esvaziada se todos tivessem o direito de se defender na justiça, mas o advogado fosse indicado pelo Estado.

6. Juiz

Os juízes também têm uma importância muito grande para a vida em sociedade. Afinal, sem um sistema eficiente e imparcial para resolver as diversas disputas que surgem com a convivência, as pessoas muito provavelmente voltariam a resolver suas diferenças pela lei do mais forte.

A função do juiz é ouvir as reclamações das partes ao longo do processo judicial e, ao final, tomar uma decisão sobre quem está com a razão — tudo, claro, tendo as leis como base. No caso de um juiz de primeiro grau, a decisão é registrada em uma sentença. Já no caso dos desembargadores, em um acórdão.

7. Diplomata

Por mais que a carreira diplomática não exija formação específica em Direito, pode ser uma ótima opção para quem gosta de viajar e também de aprender novas línguas. Ao longo da graduação, o aluno terá aulas de Direito Internacional público e privado, estudando a legislação de outros países e os tratados internacionais, temas importantíssimos para quem quer prestar prova para o Itamaraty.

8. Procurador

Assim como pessoas e empresas, as entidades públicas também precisam de advogados para que seus interesses sejam representados em juízo. Esses profissionais são chamados de procuradores, podendo trabalhar para o Município, para o Estado, o Distrito Federal ou a União.

Entre as carreiras em Direito, a de procurador é certamente uma das mais movimentadas. São esses profissionais os responsáveis por ajuizar ações para assegurar os direitos dos entes públicos — como é o caso da ação fiscal, que tem por objetivo cobrar impostos e demais tributos devidos e não pagos pelos particulares.

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